Editora Manati

A Velha Guarda da Portela

Ensaio biográfico do conjunto musical que representa a tradição e a virtude do samba brasileiro. Os autores, que há várias décadas acompanham a Portela e seu grupo de bambas, conseguiram retratar a Velha Guarda com a mesma poesia, leveza e cadência que caracterizam a sua música. Os capítulos, organizados e ilustrados com riqueza digna de um desfile de Carnaval, trazem um estudo das raízes do samba no subúrbio do Rio de Janeiro; o perfil de Paulo da Portela (fundador e líder da escola); a intimidade dos quintais e das feiras frequentados pelos sambistas; a trajetória do conjunto através de seus shows; e as biografias dos componentes. No final, são apresentados 16 sambas inéditos, com partituras, e a discografia completa do grupo. Tudo enriquecido com depoimentos de grandes personalidades da música brasileira, fotografias de preciosos arquivos e desenhos de Lan.

Baía de Guanabara

A partir de um texto cativante, acompanhado de ensaio com cerca de 150 fotos coloridas, foi possível resgatar a imagem da Guanabara como um organismo vivo e, por isso, complexo e delicado. Uma obra de referência fundamental, um interessante livro de História, a biografia de um paraíso. “Um estudo histórico, geológico, oceanográfico, linguístico e biológico da baía, enriquecido pela talvez mais sensacional sequência de fotos já reunida até hoje sobre o assunto. Sob a aterradora beleza das imagens, o texto martela os erros, agressões e crimes que o homem vem cometendo, não é de hoje, contra um dos mais fabulosos cenários naturais do mundo.”  Ruy Castro, O Estado de S. Paulo, 23/12/ 2000)

A obra foi editada também em inglês com o título Guanabara Bay. Obras esgotadas, disponíveis para edições especiais.

Cuíca de Santo Amaro: o boquirroto de megafone e cartola

Poucas figuras da fulgurante vida popular da Salvador do século XX se imortalizaram na memória coletiva baiana como a do fabuloso cordelista, cantador e tipo de rua revisitado nesse Cuíca de Santo Amaro: o boquirroto de megafone e cartola. Personagem de romancistas, cineastas, poetas e dramaturgos, o espalhafatoso vate do Elevador Lacerda se inscreve, na verdade, em uma longa dinastia da verve satírica, fescenina e maledicente da Bahia, com antecessores ilustres como o próprio Gregório de Mattos e Francisco Moniz Barreto. Crônica viva de seu estado, chicote dos maus políticos, e mesmo dos bons, divulgador impiedoso dos escândalos e vexames da sociedade, Cuíca de Santo Amaro é um dos imperecíveis mitos baianos, que aqui reencontramos de corpo inteiro.

Glauber Rocha: mais fortes são os poderes do povo!

Do sertão baiano para o mundo, Glauber Rocha se afirmou como grande cineasta e uma das mais poderosas personalidades da cultura brasileira. Autor de clássicos do cinema mundial, como Deus e o Diabo na Terra do Sol, Terra em transe e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, foi um dos criadores de uma visão total da nacionalidade. Para além do artista, contagiou todo um período da vida brasileira com a sua indignação, a sua busca irrefreável da utopia. Nesse livro, o poeta Alexei Bueno traça uma síntese cinebiográfica ou biocinematográfica da trajetória do criador do Cinema Novo. Analisando cada filme e os momentos centrais da sua vida, o leitor encontrará um roteiro fascinante do sonho glauberiano, que é o sonho de todos os que aspiram a uma grande arte e uma grande nação entre nós.

Glaziou e as raízes do paisagismo no Brasil

Obra de alta qualidade informativa e gráfica sobre Auguste Glaziou, importante personagem da história do paisagismo e da botânica no Brasil. Glaziou chegou ao Rio de Janeiro em 1858 e, ao longo de quatro décadas, projetou importantes jardins públicos e privados, destacando-se como colaborador do Imperador. No Rio de Janeiro, os mais conhecidos jardins projetados ou reformados por ele são o Passeio Público, o Campo de Santana e a Quinta da Boa Vista. Glaziou também contribuiu com a ciência botânica ao coletar e catalogar milhares de espécies da flora brasileira, tendo valorizado a introdução de espécies nativas do país nos seus projetos. Sua obra inspirou uma legião de discípulos na arte do paisagismo, entre eles Burle Marx. No ensaio fotográfico apresentado na segunda parte do livro, o leitor terá oportunidade de passear pelos jardins de Glaziou e de se familiarizar com sua obra.

Gregório de Mattos: o poeta devorador

São relativamente escassos os dados biográficos sobre o “Boca do Inferno”. Por isso ninguém mais indicado para os agrupar e dar-lhes voz interpretativa que Fernando da Rocha Peres, pesquisador de velha data dos documentos relacionados ao mais extraordinário satírico da literatura brasileira, ainda que igualmente grande em quase todos os gêneros de poesia de sua época, da lírica à encomiástica, da religiosa à francamente fescenina. Gregório de Mattos: o poeta devorador traça, dessa maneira, um perfil minucioso do que era a vida no Brasil e em Portugal do século XVII, completando com um fidedigno pano de fundo os dados documentadamente sabidos sobre a vida e a obra do genial e indomável poeta baiano.

José Saramago: o amor possível

José Saramago — o escritor português que conquistou, além de milhões de leitores apaixonados, o Prêmio Nobel de Literatura — foi antes e acima de tudo um humanista, um homem íntegro, inteiro e ativo como poucos, um cidadão do mundo, coerente e lúcido dentro de seus mais de 80 anos de vida. Nessa conversa com o jornalista e escritor Juan Arias, permeada pelo silêncio da poeta Roseana Murray e embalada pelas vagas e pelos vazios que emolduram a ilha canária Lanzarote, José recebe o leitor em sua casa, dentro de seu íntimo, com o zelo de quem se prepara para um encontro de amor. Um amor que se entrega aos poucos e que será sempre possível para aqueles que insistem em não desistir da humanidade.

Mestre Bimba: corpo de mandinga

Mestre Bimba, com seu corpo de mandinga, tornou-se lenda no universo da capoeira e da cultura baiana. Conhecido entre capoeiristas de todo o mundo como uma das figuras mais importantes na história da luta, Bimba agora é retratado em corpo e alma por Muniz Sodré, seu amigo e discípulo e, também, um dos grandes mestres do estudo dos signos, escritor e pensador reverenciado em diversos países. Segundo o autor, “Mestre Bimba e sua capoeira foram, no conjunto, uma expressão da ironia objetiva do negro na Bahia, do negro no Brasil”. O capoeirista, o antropólogo e o semiólogo vão finalmente entender a lenda em que Bimba se transformou. Mas é ao leitor em geral que essa coleção se destina, e a ele está reservado todo o prazer desse jogo de linguagem sobre o jogo de corpo.

Pré-história do Brasil

Obra ilustrada com uma surpreendente sequência de fotos dos registros rupestres dos sítios arqueológicos mais importantes do país. Baseado em extensa pesquisa — sob a coordenação científica de Madu Gaspar, com a consultoria de especialistas das áreas de arqueologia, paleontologia e antropologia ecológica —, o livro descreve, em linguagem leve e aces­sível, os aspectos mais interessantes da Pré-história brasileira, desde a formação do nosso território, passando pelas diversas formas de vida que aqui se des­envolveram por milhões de anos e pela controversa chegada do homem à América do Sul, até a situação dos povos nativos por ocasião do “descobrimento europeu”.

Obra disponível apenas em inglês: Prehistory of Brazil (ISBN:  978-85-86218-39-2)

Prehistory of Brazil

Obra de alta qualidade informativa e gráfica, ilustrada por uma surpreendente seqüência de fotos dos registros rupestres nos sítios arqueológicos mais importantes do país. Baseado em extensa pesquisa, sob a coordenação científica de Madu Gaspar, com a consultoria de especialistas das áreas de arqueologia, paleontologia e antropologia ecológica, o livro descreve, através de textos escritos em linguagem leve e acessível, os aspectos mais interessantes da pré-história brasileira. Desde a formação do nosso território, passando pelas diversas formas de vida que aqui se desenvolveram por milhões de anos e pela controversa chegada do homem na América do Sul, até chegar na situação dos povos nativos por época do “descobrimento europeu”.